ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO

Gestação: Situações comuns e práticas alimentares

 

As mulheres que já foram mães, ficaram grávidas, ou todos que já conheceram uma gestante sabem que a maior parte delas passam por situações um tanto  incômodas, ou no mínimo diferente do que estão acostumadas. Vamos ver aqui nesse artigo como lidar com isso e assim poder ajudar quando se depararem com isto:

1.Náuseas e vômitos

Frequentes no 1º trimestre, o fato de algumas gestantes não conseguirem se alimentar bem nessa fase não prejudica a nutrição do bebê. A condição pré gestacional da mãe é que tem maior impacto na formação e no desenvolvimento do feto. A partir do 2º trimestre ( 14ª semana) a disposição para se alimentar volta ao normal e aí sim, o hábito alimentar deve ser cuidadoso. Para amenizar:


  • refeições pequenas e frequentes (8x/dia)
  • alimentos com baixo teor de gordura e abrandados (purês)
  • consumir gengibre ou alimentos que o contenham
  • consumir biscoitos salgados, tipo cream cracker, pela manhã, em jejum
  • Nos casos mais graves, a suplementação com B6 pode ser útil
  • Comer devagar
  • Mastigar bem os alimentos
  • Realizar pequenas refeições
  • Evitar stress durante a refeição
  • Não é necessário restringir alimentos ácidos já que nenhuma fruta é mais ácida que o Hcl, sob o risco de comprometer a ingestão vitamínica.

 

2. Pica

É quando a gestante ingere substâncias não alimentares como terra, sabão, tijolo, cinza de cigarro, cal de parede etc. De etiologia desconhecida, suas hipóteses mais possíveis são o alívio de náuseas e vômitos e o suprimento da deficiência de Ca e Fe contidos na maioria dessas substâncias – alvo das compulsões. Esse comportamento é prejudicial à gestação, pois há o risco da ingestão de tóxicos e da contaminação por parasitas.

3. Pirose

Azia ou queimação que ocorre mais comumente após as refeições. Como o útero pressiona o estômago, parte dos alimentos misturados com o Hcl pode retornar ao esôfago causando esse desconforto. Para diminuir:

  • Comer devagar
  • Mastigar bem os alimentos
  • Realizar pequenas refeições
  • Evitar stress durante a refeição
  • Não é necessário restringir alimentos ácidos já que nenhuma fruta é mais ácida que o Hcl, sob o risco de comprometer a ingestão vitamínica.

4. Constipação Intestinal

Ocorre devido às mudanças hormonais, principalmente devido ao aumento da progesterona que relaxa a musculatura intestinal e diminui o peristaltismo. Pode surgir ou se agravar após a 20ª semana de gestação e prevenir é a melhor saída. Ingerir no mínimo 4 copos de água por dia, adicionar verduras cruas e cozidas nas refeições, preferir pães que contenham fibras, frutas secas como lanches (ameixas, damasco, figo), caminhar no mínimo 3x/semana com a supervisão de um educador físico são algumas medidas preventivas. Não é recomendável o uso de laxantes.

5. Cafeína

É  recomendado que, durante a gestação, a mulher restrinja a 4 xic/dia seu consumo de café. É importante lembrar que chás, refrigerantes a base de cola e chocolate contem cafeína.

6. Chás

A Secretaria de Sáude do RJ lançou portaria em 2002 que contra indica o uso de chás durante a gestação. Entre eles estão: erva doce, espinheira santa, erva cidreira, camomila e boldo – chás largamente usados nesse período, inclusive nos hospitais. Segundo estudos em ratos, e com o extrato dessas plantas, essas ervas seriam emenagocos (provocariam a menstruação). Porém são necessárias futuras investigações que fundamentem com mais segurança os riscos das gestantes utilizarem esses chás e nós, nutricionistas, devemos avaliar a frequencia e a quantidade utilizada e associa-la com o período gestacional de risco (1º trimestre) e os antecedentes clínicos da gestante.

Vale lembrar que essas informações não excluem da rotina da gestante consulta periódicas com um profissional nutricionista para avaliar seu caso isoladamente e assim criar um plano nutricional adequado pra ela.